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Precisamos deixar de ter medo de apanhar sol.

Hoje em dia existe uma certa fobia em apanhar sol, principalmente entre as mulheres. Mas uma coisa é apanhar sol por 15-20 minutos e outra é ficar a torrar por 1 ou 2 horas. Em minha prática clínica, eu sempre pergunto para meus pacientes quanto tempo de exposição solar eles tem por dia e a resposta é quase sempre nenhuma. Geralmente o sol que apanham é de casa até o carro e do carro até o trabalho. E nesse pouquíssimo tempo de exposição solar, a maior parte das mulheres está a usar algum tipo de protetor solar, e consequentemente a exposição solar acaba por ser nula. Quando peço que façam análises de sangue, não me surpreende que a grande maioria tem níveis insuficientes de Vitamina D.

Abaixo estão alguns parágrafos  que foram extraídos do livro Energia Paleo, capítulo Lei Energia Paleo #8: Apanhe sol o suficiente, de Mark Sisson, sobre a importância da Vitamina D.

“Ainda que os perigos de uma exposição solar excessiva sejam bem reconhecidos e fortemente divulgados na comunidade médica, é importante desafiar a afirmação abrangente da Sabedoria Convencional que nos diz para banirmos o sol ou para nos besuntarmos com toneladas de protetor solar. Uma exposição solar adequada ajuda o nosso corpo a produzir vitamina D, a qual contribui para regular o crescimento de praticamente todas as células do nosso corpo e previne uma variedade de doenças. A vitamina D é essencial para que se tenham dentes, ossos e unhas saudáveis; para a visão; para a absorção de outros nutrientes, tais como o cálcio, vitamina A e C; para a função imunitária. Foi igualmente demonstrado que é importante na prevenção dos cancros da mama, da próstata e colorrectal; da doença cardiovascular; da diabetes; das doenças autoimunes; e dos estados inflamatórios, como a artrite.

Os primeiros seres humanos passaram centenas de milhares de anos a absorver diariamente os potentes raios equatoriais em todo o seu corpo. À medida que fomos migrando para atitudes mais distantes do equador, ocorreram as adaptações genéticas ( o clareamento do pigmento da pele e do cabelo ao longo de muitas gerações) que nos ajudaram a continuar a absorver o sol de um modo ideal, mesmo quando este era menos abundante. Da mesma forma que sofremos consequências devastadoras para a nossa saúde devido à passagem relativamente recente da dieta humana caça-recolecção para a agricultura, a mesma dinâmica é válida para a nossa exposição solar – só que essa alteração foi ainda mais grave. Só nos últimos séculos de industrialização, milhões de pessoas do mundo civilizado têm passado longos períodos de tempo com pouca ou nenhuma exposição solar direta. Consequentemente, tem-se registrado um aumento alarmante dos problemas de saúde relacionados com a deficiência de vitamina D.

Os sintomas de deficiência de vitamina D não são tão óbvios como a imagem perturbadora dos marinheiros afetados pelo escorbuto devido a falta de vitamina C, mas as consequências para a saúde não deixam de ser devastadoras. O risco aumenta para aquelas que tem um estilo de vida fechado, para os que têm pele escura e vivem longe do equador, para as crianças cujas mães têm deficiência de vitamina D, para os idosos ou para aqueles que estão confinados à sua casa ou a um hospital.

O Dr. Mercola (mercola.com), médico e consultor de saúde afirma o seguinte: Os perigos da exposição solar têm sido bastante exagerados e os benefícios extremamente subestimados. A exposição solar excessiva não é o principal motivo que leva as pessoas a desenvolver um cancro da pele (são muitos os que pensam que uma dieta inferior, a exposição a outras toxinas ambientais como o cloro das piscinas e uma exposição solar insuficiente constituem fatores de risco mais significativos) Um estudo da Moores Cancer Center da UC San Diego sugeria que 600.000 casos de cancro poderiam ser evitados todos os anos se simplesmente aumentássemos os nossos níveis de vitamina D.

Sem dúvida, os problemas das queimaduras do gênero “adormeci na praia coberto de óleo para bebé”, são de facto, bastante graves. Os especialistas afirmam que mesmo alguns episódios de queimadura solar grave ocorridos durante a juventude podem gerar danos causados por radiações ultravioletas suficientes para dar origem ao desenvolvimento de melanomas em anos posteriores. Mas existe uma média simpática entre o sol a mais e o sol a menos.

Uma exposição solar diária regular e breve continua a ser a principal forma de obtermos uma boa quantidade de vitamina D. Para a maioria, um bronzeado ligeiro indica que estamos a obter uma quantidade adequada de vitamina D, enquanto um escaldão não será, obviamente, saudável. É importante respeitar a variável crítica que é o seu tom de pele e moderar a sua exposição em conformidade, para ter a certeza absoluta que a pele nunca se queima. Vinte minutos diários representam um período adequado para benefício de saúde, sendo suficientemente breve para evitar os danos de uma sobre-exposição. Aqueles que tem uma pele muito clara poderão conseguir uma quantidade adequada de vitamina D com apenas cinco minutos de exposição solar direta no rosto e braços, fora das horas de intensidade máxima: 11:00-14:00 durante o verão.

A minha posição aqui é que, de um modo geral, temos uma reação receosa perante os riscos de cancro da pele, encarando o sol como algo de nocivo. Creio que devemos obter 10-30 minutos diários (quando o tempo permite e aumentando os períodos à medida que os dias de sol se forem sucedendo) de exposição solar direta, em pelo menos, 40% do nosso corpo. À semelhança do que acontece com as calorias, o corpo humano está preparado para absorver os raios e armazenar a vitamina D para uma utilização prolongada quando as circunstâncias sazonais e climáticas comprometerem a nossa exposição solar.

Assim sendo, se você tiver que de passar longos períodos de tempo ao sol, é de longe preferível que use roupa para minimizar a sua exposição ao nocivos raios UVA e para evitar queimaduras. Como segurança suplementar, use um produto de excelente qualidade que o proteja dos raios UVA, UVB e dos recém-descritos UVC, como um creme opaco rico em zinco que bloqueie todos os raios por completo.”

Existe também um aplicativo muito interessante para controlar a nossa exposição solar e vitamina D. É o D Minder e está disponívelp ara IOS e Android: https://itunes.apple.com/pt/app/d-minder-pro/id547102495?mt=8

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